📌 22 de Julho, 2017
Três Anos de Comunicação e Marketing
Comunicação · Universidade
Pois é, parece que sou *finalmente* licenciado! 🎓 🎉. Agora que os meus professores já podem dizer que percebo alguma coisa dos três ramos do meu curso, deixo-vos um resumo das coisas mais importantes que aprendi.
Aproveito para deixar um grande agradecimento a todos os docentes do curso de Comunicação Aplicada: Marketing, Publicidade e Relações Públicas pela sua competência, dedicação e, acima de tudo, pela disponibilidade – foram mesmo muitas horas de projetos e dúvidas…
Agradeço também por me terem exposto a muitas áreas que nem sabia que existiam e por mudarem a minha forma de pensar sobre uns quantos assuntos.
Após os dois primeiros anos de curso tive uma realização simples: o mais importante da Universidade não são conceitos teóricos, são as vivências, experiências e lições de vida. Eis o que ficou:
Ninguém Quer Saber
Existem realmente muito poucas pessoas que querem ter uma média alta e participar em projetos relevantes que possam contribuir para a sua formação. A grande maioria limita-se a fazer o mínimo possível para obter um diploma. Isto também é aplicável a certos docentes e, em nenhum dos casos, compensa perder muito tempo com essas pessoas. Façam aquilo que pensam que é o correto e o que precisam e ignorem o resto.
Ninguém Sabe (mas todos estão certos)
As pessoas não são genericamente incompetentes, as áreas estão é cada vez mais complexas e os cursos mais generalistas. Sejam docentes ou discentes ninguém detém o conhecimento absoluto sobre um qualquer assunto porque isto não existe.
O que irão encontrar são soluções generalizadas para problemas comuns que são sempre o resultado de compromissos e análises da relação custo-benefício avaliadas por alguém em algum contexto.
Colegas de Trabalho
Os semestres passam e os trabalhos são cada vez mais complexos. A noção de “dar um jeitinho” e “tapar os buracos” no trabalho dos outros para ter boas notas boa deixa gradualmente de funcionar e leva ao esgotamento.
O importante é escolherem colegas de trabalho que tenham os mesmos objetivos académicos que vocês para que todos tenham a mesma motivação para contribuir e, caso não existam… o melhor será mesmo desistir porque no fundo um curso não se faz sozinho. Só tenho a agradecer aos meus colegas pelas horas de grandes discussões sobre os trabalhos, de estudo e de trocas de apontamentos.
Work SMARTer Not Harder
As nossas ações devem ser sempre guiadas por objetivos adaptados ao contexto… e, como se aprende em Marketing e Gestão os objetivos devem ser sempre definidos tendo em conta o acrónimo SMART:
- Específico: definir exatamente o que tem de ser feito e saber até onde ir nos trabalhos, no estudo, na média;
- Mensurável: quando não sabemos / conseguir medir um objetivo nunca o atingimos. Isto pode tornar-se rapidamente um problema quando existem datas limite ou porque podemos ignorar certas cadeiras em detrimento de outras. Isto também funciona bastante bem nos trabalhos porque ao criar métricas cada um terá de ser responsável pelo seu trabalho e não existem áreas cinzentas e desculpas;
- Acordado: nos trabalhos é importante que todos concordem com o que se pretende fazer e que cada um seja responsável pelo que se comprometeu a fazer;
- Realista e relevante: existem cadeiras onde o único objetivo possível não é ter uma boa nota mas sim sobreviver, passar… a ambição é uma coisa boa mas é preciso saber perceber quando parar e quando ceder. Noutras talvez seja sempre útil aplicar a regra dos 80/20 – concluir 80% do objetivo com 20% do trabalho e acabar a cadeira com 15 valores ;).
Este acrónimo – SMART – até poderia bem ser a definição moderna de inteligência, mas isso já são outras discussões mais filosóficas.
Depois de tudo isto só tenho a dizer que a Universidade resume-se a:
Sometimes you gotta eat some shit. The trick is to figure out the minimum amount of shit you’ve got to eat and still get what you want.
Atenção! Não escrevi esta frase como forma de desrespeitar alguém, muito pelo contrário. Como aprendemos, tudo no mundo, por si só, é irrelevante e desprovido de significado – nós é que somos responsáveis por criar o significado das coisas e atribuir-lhes a sua relevância. No final tudo é um problema de semiótica. 🎓